Tecnologia é a grande aposta das empresas de consultoria especializadas; até 2030, ela deve render algo em torno de US$ 3,1 trilhões.
Atrelados ao Blockchain estão aspectos como revolução de serviços, em especial financeiros, e questões relativas às vantagens que ainda irá oferecer à população e empresas. No entanto, já é possível afirmar, diante da trajetória que a tecnologia vem traçando, que apresenta perspectivas bastante positivas para setores como o da saúde.
Uma pesquisa recente demonstrou que há cerca de dois anos era ainda pequeno o número de empresários dessa cadeia que investia na promessa tecnológica, apenas 16%. Porém, de acordo com o levantamento, o salto será significativo até 2020: algo como 56% dos entrevistados afirmaram que pretendem adotar o sistema que promete descentralizar o registro e armazenamento de transações e informações.
Quando foi criado anos atrás, o Blockchain prometia criar lastros da moeda virtual Bitcoin para aumentar a segurança nas negociações e eliminar intermediários, tais como o sistema bancário. Agora, é uma aposta de instituições médicas, clínicas, seguradoras e de outros negócios relacionados ao segmento pela contribuição que podem trazer nos tratamentos e acompanhamentos de pacientes.
A segurança por trás das informações arquivadas nas cadeias de dados do sistema é um dos pontos fortes que justificam a capacidade de aproveitamento da tecnologia na vertical da saúde. Uma vez que um histórico é incluído no sistema, ele jamais poderá ser excluído ou modificado. Toda alteração que for necessária será incluída em um outro bloco, com referência ao seu quadro inicial.
Uma outra vantagem que a tecnologia apresenta para o segmento é que não existe um único dono da informação, ela é compartilhada e multiplicada ao longo do processo por vários usuários e a pessoa de quem ela trata pode estipular alguns critérios vinculados com a forma de acesso, dentre outras particularidades que podem ser estabelecidas.
O uso da tecnologia também pode servir a frentes diferentes. Em um evento realizado em São Francisco, nos Estados Unidos, especulou-se a possibilidade de o Blockchain ajudaria a desenvolver, inclusive, pesquisas médicas.
Um dos especialistas que se apresentou durante o encontro afirmou que a partir do sistema seria possível identificar mais facilmente grupos de pessoas com diagnósticos similares para investigações, partindo de seus históricos, e ainda que elas poderiam ser de alguma maneira beneficiadas por compartilhar os dados.
Com o Blockchain, o segmento de saúde também se beneficiaria com a escalabilidade do sistema e a agilidade que traria para o tratamento. Isso porque os dados estariam acessíveis de forma descentralizada, como é a proposta do sistema, e a partir de qualquer computador, uma vez que não usa a memória física de um único servidor.
Essa característica ponto a ponto ainda favorece que nenhum histórico sobre a vida do paciente se perca, e ainda assim é possível respeitar a privacidade dele. Além disso, nenhum histórico médico se perderia com a passagem dos anos, o que ainda é comum no cenário atual.
Desafios para o desenvolvimento da tecnologia
Nos próximos anos, alguns desafios ainda estarão se impondo ao franco desenvolvimento da tecnologia, não só no Brasil. Para 2019, um deles é justamente migrar mais fortemente para o campo dos negócios, uma vez que atingiu a maturidade necessária para ser explorado (se for interessante para a natureza das atividades e o setor do empreendimento).
Outras dificuldades estão em criar um ambiente colaborativo e uma mudança de mentalidade importante para a tecnologia decolar e ajudar a dirimir problemas de várias esferas.
Depois da internet, o Blockchain é uma das tecnologias mais disruptivas do século XXI. De acordo com a estimativa feita pela empresa de consultoria líder do segmento de tecnologia elencou o sistema entre os dez de maior potencial de 2018 e outros estudos estimam que as empresas ligadas ao Blockchain poderão faturar mais de US$ 176 bilhões em 2025 e superará os US$ 3,1 trilhões até 2030.
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